Aplicativo para malhar vira forma de incentivo a uma vida saudável
Quem viveu nas décadas de 80 e 90 provavelmente se lembra das aulas de ginástica na televisão ou das fitas de vídeo que ensinavam exercícios físicos. Essas videoaulas têm “herdeiros”: os aplicativos de smartphones e ferramentas da internet que ajudam na malhação.
Dentre os mais populares estão aqueles voltados para corrida e musculação, como o Fitness Point, usado pelo médico Bruno Lage de Barros, 29. “Ele permite salvar meu treino e inserir informações como peso, tempo e número de repetições. Também traz estatísticas com a evolução do meu treino e tem vídeos que mostram a execução de cada movimento”, conta ele, que usa o aplicativo desde julho do ano passado.
Alguns serviços vão mais longe. A plataforma Movimente.me oferece programas completos de treinamento. Depois de se cadastrar no site, o usuário deve responder a dois questionários, sobre hábitos de vida e objetivos dos treinos. “Então, ele é enquadrado em um perfil que o direciona para um treinamento mais adequado, entre as mais de 10 mil opções criadas previamente por nossos profissionais”, explicam os criadores César Calixto, Marcelo Vieira e Rafael Jorge.
Essas inovações podem funcionar como uma boa forma de motivação. “O aplicativo te permite ver os treinos de seus amigos, então acaba ‘rolando’ uma competição saudável entre as pessoas para ver quem corre mais, quem faz um percurso mais rápido”, conta o educador físico Hugo Rondas, usuário do aplicativo de corridas Nike+ Running.
Alerta. Apesar de práticos e, muitas vezes, completos, os apps de malhação não substituem o profissional de educação física na montagem nem no acompanhamento dos treinos. “O profissional consegue adaptar os exercícios às necessidades do aluno. Temos um papel constante na correção dos movimentos. Além de preparar o aluno para o exercício, isso ainda evita o surgimento e o agravamento de lesões”, alerta a coordenadora de ginástica da academia Runner, Lívia Henriques.
Ela recomenda que os aplicativos sejam usados como um pontapé inicial para sair da inércia, ou de forma complementar à academia. “Se o aplicativo permitir, o aluno pode passar seu treino para ele e ter acesso onde estiver. Qualquer esforço é válido para tirar a pessoa do sedentarismo”.
Flash
Próprios. Algumas academias, como a Runner, em Belo Horizonte, já possuem seus próprios aplicativos, que permitem ao aluno ter acesso ao seu treino de qualquer lugar que ele estiver, dependendo somente de um acesso à internet no celular.
Via: O Tempo