Aplicativos para buscar táxi crescem e disputam mercado nas capitais
Mesmo com número superior a 30 mil veículos, a frota de táxis de São Paulo não é suficiente durante os horários de pico. Para auxiliar os usuários, alguns empresários observaram uma oportunidade de negócio, onde surgiram os aplicativos de smartphones para solicitar corridas.
As ferramentas utilizam a internet móvel disponível e o GPS nos aparelhos dos usuários para localizar o carro mais próximo. O sistema faz uma busca e aciona os motoristas que estão mais perto do cliente; em alguns casos, o tempo de espera não passa de 5 minutos.
Outras facilidades oferecidas pelos aplicativos são a escolha da forma de pagamento e o acompanhamento em tempo real da chegada do carro. Além disso, as empresas que oferecem o aplicativo apontam que o serviço garante maior segurança aos usuários, já que o taxista é identificado e avaliado.
A taxa de crescimento do serviço comprova o sucesso da ferramenta, que atrai a cada mês milhares de novos usuários. No caso da 99 Táxis, a empresa aumenta em 25% sua base de clientes mensalmente, e já possui mais de 30 mil taxistas cadastrados no país.
Paulo Veras, fundador da 99 Táxis, nega que os aplicativos para celular vão substituir as empresas e cooperativas. Segundo ele, são dois perfis distintos: os aplicativos atendem o público em geral, enquanto as cooperativas e associações buscam contratos com empresas.
No ano passado, as associações e sindicatos recorreram ao Departamento de Transportes Públicos para restringir o uso dos aplicativos pelos motoristas. O principal motivo seria a concorrência: enquanto alguns aplicativos cobram 2 reais por corrida, as cooperativas cobram entre 500 e 2 mil reais por mês.